Psicologia aplicada em UX

Psicologia aplicada em UX

A psicologia tem um papel muito importante no design da experiência do usuário.

Como designers, podemos usar alguns princípios para influenciar (do jeito certo) o comportamento do usuário para que os produtos atinjam de forma efetiva os seus objetivos.

Hick’s Law

O tempo que o usuário leva para tomar uma decisão aumenta com o número e a complexidade das escolhas.

  • Minimizar escolhas quando houver um tempo critico pra tomada de decisão.
  • Quebrar em pequenos passos as tarefas complexas, diminuindo a carga cognitiva.
  • Evitar dar destaque a elementos que não são importantes para a tarefa no momento.
  • Não simplificar demais a ponto de remover informações importantes.

Carga Cognitiva

A quantidade total de esforço mental sendo usado na memória de trabalho de uma pessoa.

  • Evitar poluição visual com elementos que não são necessários.
  • Criar a experiência em cima de modelos mentais já existentes. Padrões de design que o usuário já teve contato antes.
  • Eliminar esforço do usuário quando o produto pode ser mais inteligente e fazer sozinho. Ex.: um formulário que pede CEP para o usuário e o produto buscar o resto das informações da localização.

Efeito Von Restorff

Ou The Isolation Effect, quando vários objetos semelhantes estão presentes, o que difere do resto é o mais fácil de ser lembrado.

  • Informações e ações mais importantes destacadas visualmente.
  • Evitar que elementos compitam entre si visualmente pra garantir que não haja confusão.
  • Não usar somente cor para diferenciar, lembre-se dos daltônicos.
  • Usar animações moderadamente.

Efeito de Posição em Série

Os usuários têm facilidade de lembrar melhor o primeiro e o último item de uma lista de itens.

  • Itens menos importantes vão no meio das listas, por que tendem a ser armazenados na memória com menos frequência.
  • Elementos importantes posicionados na esquerda ou direita em componentes, como um menu de navegação de um app.

Percepção visual

Aqui entra a famosa Teoria de Gestalt. Ela diz que o nosso cérebro processa a informação de uma forma que o subconsciente agrupa objetos separados para entender como um todo.

Similaridade

A lei da semelhança dita que objetos similares se agruparam entre si.

Proximidade

Elementos próximos são percebidos como um grupo e vários objetos distintos próximos são vistos como uma coisa só.

Continuidade

Fluidez de uma composição. Quando os elementos de uma composição conseguem ter uma fluidez do início ao fim.

Pregnância/Simplicidade

Elementos vistos da forma mais simples para serem mais facilmente assimilados.

Fechamento

Mesmo se uma imagem estiver incompleta o nosso cérebro preenche as partes faltantes fazendo perceber ela inteira.

Unidade

Uma imagem incompleta pode ser entendida como completa. Os espaços vazios são preenchidos instintivamente.

Unificação

Um objeto formado por várias unidades pode ser harmoniosamente simétrico ou não. É identificado quando pregnância, proximidade, unidade e semelhança tiverem pesos iguais.

Segregação

A capacidade que o cérebro tem de diferenciar ou evidenciar objetos, mesmo que sobrepostos. Inclui a variação de forma e estética que um elemento tem em comparação com outro.

Esses são alguns dos princípios que podemos aplicar em ux. Links para se aprofundar: